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domingo, 30 de setembro de 2007

Grande vitória na defesa de Santarem

O ano de 1184 corresponde ao de uma forte ofensiva almóada com o objectivo de recuperar territorialmente o que haviam perdido, mas também a dignidade resultante de sucessivos desaires impostos em vários anos.

Preparam um poderosa ofensiva que em definitivo resolvesse a "questão portuguesa", o perigo que representava o rei de Portugal e as suas investidas.

O califa Yussuf I chegou a Sevilha em 25 de Maio de 1184 concentrando aí não só as forças que consigo havia trazido de África, como as que lhe foram cedidas pelos seus aliados ibéricos.

A enorme máquina pôs em marcha começando por retomar Cáceres, sem luta, já que as forças do rei leonês Fernando II, temendo o confronto abandonaram essa praça refugiando-se em Ciudad Rodrigo.

No mesmo ano no mês de Junho aproximaram-se Santarém, que consideravam o início do grande plano de reconquista que incluía naturalmente Lisboa, Évora Sintra,Alcácer, Coimbra e claro dominar toda a Lusitânia, antes de marchar até Toledo.

Era realmente um plano de reconquista Hispânica. A avaliar pelas referência conhecidas e compiladas de várias fontes da época.


A defesa de Santarém, coube inteiramente ao infante Sancho, no comando das forças portuguesas, numa luta que começou por ser travada no exterior das muralhas, encontra-se amplamente descrita e relatam a bravura da resistência das forças comandadas pelo infante, em diversas crónicas.

Mesmo os cronistas árabes, referem essas lutas nos arredores de Santarém, mas todas elas são inconclusivas sobre as verdadeiras razões da retirada almóada, que viria a acontecer.

Falava-se nos reforços cristão que estavam para chegar, entre eles as forças do rei leonês,do bispo de Porto e do próprio rei D.Afonso Henriques que partindo de Coimbra já se encontraria em Porto de Mós, além das forças reunidas pelo arcebispo de Compostela, todos esse factores conjugados, terão conduzido à retirada das forças almóadas de Santarém.

O acto da retirada, terá sido um pouco caótico e permitiu o ataque português ao reduto do próprio califa, do qual, além da morte dos seus principais chefes, resultou que Yussuf I seria ferido morte, vindo a falecer na retirada.

Foi realmente uma grande vitória, embora desde logo se soubesse, que outros ataques viriam a acontecer já que o filho do califa não deixaria esta derrota por vingar

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A derrota de Arganal

Batalha de Arganal descrita no blog sobre D.Afonso Henriques (clicar aqui), foi um grave revés para o jovem infante, triunfador em Sevilha no ano anterior, na tentativa frustrada de vingar o desastre de Badajoz.

Ás explicações dadas na publicação acima referida deve acentuar-se que para além dos cálculos do eventual enfraquecimento das forças leonesas devido aos vários reencontros tidos com forças almóadas, também um acordo entre Portugal desse mesmo ano estabelecido entre Sancho e Afonso VIII de Castela e entre este e o vizinho aragonês, permitiram a ambos as previsões mais optimistas no confronto que ambos pretendiam ter com Leão, por razoes diferentes.

Previsões falíveis pois Afonso VIII por duas vezes e Sancho comandando as tropas portuguesas foram derrotados.

A batalha de Arganal, em data não determinada, saldou-se por uma derrota, que terá abalado de algum modo o prestígio do jovem herdeiro, por certo minimizada pela chegada da bula Manifestis probatum est, que conduz Portugal ao reconhecimento papal da sua soberania enquanto reino cristão