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segunda-feira, 4 de junho de 2007

Nascimento e educação

D. Sancho I, nasceu em Coimbra em 11 de Novembro de 1154.

Quando nasceu não fora destinado para assumir a realeza, visto que já existia um primogénito de D.Afonso Henriques, de nome Henrique e que havia nascido em 1147.

Porém a morte deste seu irmão aos 8 anos, veio transformá-lo no sucessor de seu pai,que no imediato veio a resultar na alteração do seu nome de Martinho para Sancho.

Consideraram na altura que o nome Martinho, que lhe havia sido atribuído, por certo por ter nascido no dia daquele Santo, não lhe concedia dignidade régia.

Não porque São Martinho tivesse ressonância dum santo menor, mas também por não haver na Península Ibérica, nenhum rei com este nome, nem o seria no futuro, pelo menos durante os séculos XII e XIII.

Sabe-se pouco sobre a infância de Sancho, que ficou sem mãe aos 3 anos, por morte da rainha Matilde em Dezembro de 1157, quando do parto do seu sexto filho a princesa Sancha.

Presume-se sem grandes certezas, que a sua educação, terá sido entregue a D.Teresa Afonso segunda mulher e viúva de Egas Moniz.

O conceito de educação, era nesta altura muito diferente do de hoje, pois ainda há discussão entre historiadores, sobre a iletracia para uns ou da relativa cultura para outros do rei Sancho.

Estes últimos atribuíam-lhe a criação duma das cantigas de amigo do Cancioneiro da Ajuda, que comprovaria a capacidade cultural do rei.Hoje alguns contestam este possibilidade, determinando que ela não poderia ter sido composta por D.Sancho I, mas sim por Sancho II ou Afonso X "O sábio" de Castela .

Os que advogam a sua incultura, remetem para palavras do papa Inocêncio III, que terá recomendado que se fizessem ler todas as suas cartas presencialmente em voz alta e na íntegra, o que poderia levar a crer que D.Sancho I seria analfabeto.

Será apressada esta conclusão, uma vez que ler as cartas em voz alta era na altura a forma de as publicar,ou seja de as autenticar.

Ver-se-á que, só assumirá a coroa portuguesa com 31 anos, na sequência duma prolongada regência, devida à incapacidade física de seu pai, após o desastre de Badajoz em 1169