Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

sábado, 24 de novembro de 2007

Acontecimentos no ano de 1188


  • Março-Primeiro testamento de D.Sancho I
A elaboração do primeiro testamento reflecte, para além da precariedade óbvia da vida naquele tempo, a sua predisposição para encetar de novo a guerra, não só contra os almóadas, mas também contra alguns dos outros reinos cristãos com quem se mantém contenciosos fronteiriços.

O reino que D.Sancho I lega ao seu sucessor, rege-se pelos mesmo princípios com que o recebeu, conforme aos princípios emanados da bula Manifestis probatum est. A concepção do Reino é o de uma entidade una e superior, que deve ser preservado ou aumentado e não reduzido. Devendo estar, os interesses do Reino, acima dos interesses pessoais do Rei.

O testamento tenta reflectir a destrinça entre fortuna pessoal e património do Reino, que não era fácil na altura.

De um modo geral às filhas, Sancho, "testamentava" propriedades, enquanto aos varões preferia prever doações em dinheiro, em vez de territoriais como que precavendo futuras divergências.

Ao herdeiro do trono para além do Reino, também a soma em dinheiro era bastante maior, que explicitamente indicava guardados nas Torres de Coimbra e Évora. Sem o explicitar é de crer que D.Sancho entendesse essa quantia como património monetário do Reino.

  • Junho-Ataques a Sevilha e Córdova e Serpa em aliança com Afonso VIII de Castela.
A aliança com o rei de Castela produziu alguns frutos, como as expedições militares contra os almóadas. Acções concertadas como as que este ano havia de ser levado a cabo por D.Sancho I ao atacar Serpa enquanto o rei Castelhano atacava Sevilha e Córdova. Contudo a nova aliança Castelo-Leonesa em Corrion, (ver mais abaixo), levaria por certo Sancho a rever a sua estratégia

  • Março,24-Nascimento de D.Fernando 6º filho de D.Sancho I .
Foi conde de Flandres pelo seu casamento com D. Joana, filha do conde Balduíno, que foi mais tarde imperador de Constantinopla.

Na guerra anglo-francesa, Flandres optou pela Inglaterra. Derrotado em Bovinas, foi aprisionado pelas tropas francesas de Filipe Augusto, tendo permanecido em Paris muitos anos preso, muito embora bastante admirado pelos próprios franceses pelo seu comportamento em combate.

Muitas foram as concessões que Joana condessa sua mulher, teve que fazer ao rei francês pela libertação de Fernando, que no entanto só viria a ser libertado mais tarde já em 1227, no tempo do rei Luís IX.