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segunda-feira, 16 de julho de 2007

A promoção a parceiro real

O desastre de Badajoz veio alterar por completo o clima, que rodeava o jovem adolescente Sancho, que apenas com 15 anos, continuava a sua educação, junto de sua ama.

A aura que acompanhava o rei seu pai, de grande triunfador, pela primeira vez abalara, as estrutura do Reino, que por certo foi alertada para a "possibilidade da morte" de D.Afonso Henriques e da concretização da sua sucessão.

Muito embora a vigorosa aparência do Rei e a sequência das suas vitórias militares o não lembrasse, o certo é que D.Afonso já tinha 60 anos, um velho na concepção daquela época, dado já em muito ter ultrapassado a esperança média de vida, por certo não muito distante dos 30 anos.

A prisão e a invalidez subsequentes ao desastre militar de Badajoz, trouxeram muita reflexão e algumas alterações (ver blogue D.Afonso Henriques apontamento 47) a que D.Sancho não ficará alheio.

Uma diferença se notaria desde logo (1169), quando o Rei voltou ás lides governativas, após a sua convalescença, o seu filho Sancho começa a aparecer com outro tipo de estatuto na documentação, em parceria com o pai, subscrevendo documentos, bem como personalidades da sua casa, chamados "do rei Sancho".

O simbolismo dessa "promoção" e dessa insistência em realçar a importância do "rei Sancho", não pode abstrair-se da nomeação de Fernando Afonso o primeiro filho ilegítimo do Rei, para o importante cargo de alferes-mor do Reino.

Entenda-se portanto esta nomeação, como uma preocupação da chancelaria real, em afirmar que o lugar de herdeiro não estaria em causa.

Ver-se-á que esses avisos não foram suficientes.

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